Olá, pessoal!

Dando início à nossa semana de posts aqui no Guia, vamos falar hoje sobre a nova novela das 21h da Globo: "Velho Chico" \o/



Logo de início, a identidade visual da novela foi bastante comparada às de outras produções teledramatúrgicas...





E não é que se parecem mesmo, cabra da peste? Thalía ya mucha honra curtiu isso!



A história da trama se difere bastante das últimas obras apresentadas no horário nobre da emissora (a começar por ser ambientada no Nordeste; longe, portanto, do famigerado eixo Rio-São Paulo já tão recorrente em folhetins do tipo). E, para mim, esta estratégia foi um grande acerto! Dirigida pelo fantástico Luiz Fernando Carvalho e escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi (com supervisão de Benedito Ruy Barbosa que, aliás, é pai de Edmara e avô de Bruno olha o nepotismo aí, gente), "Velho Chico" narra o cotidiano de duas famílias rivais que vivem às margens do Rio São Francisco (rio este que dá nome ao folhetim).

Não, pera... Você realmente estava achando que o título "Velho Chico" era uma homenagem ao Francisco Cuoco?!



Pois bem, como já dizia o grande comunicador Fausto Silva:




Ao longo de 3 gerações, acompanhamos estas sagas familiares regadas a envolventes emoções e a críticas sociais. A trama tem início no final da década de 1960, período em que a cultura do país estava em ebulição e servia como porta-voz aos anseios e direitos populares reprimidos pela ditadura que havia se instaurado no Brasil. É neste contexto que somos apresentados, logo no primeiro capítulo, a Afrânio (Rodrigo Santoro), filho mais novo do Coronel Jacinto (Tarcísio Meira) e de Encarnação (Selma Egrei). O jovem está em Salvador terminando sua faculdade de Direito (sendo que nunca deixou de viver às custas de sua abastada família). É apaixonado pela doce e intensa cantora Iolanda (Carol Castro), mas, ao invés de assumir um compromisso sério com a jovem, apenas se diverte com ela.


Ai, ai, esse pessoal de Humanas não é mole.....


Enquanto isso, na fictícia Grotas de São Francisco, o Coronel Jacinto encontra dificuldades ao seu poder com a chegada do destemido Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi); que contesta o porquê do primeiro controlar tudo na comunidade, da economia à política, passando, até mesmo, pelos habitantes do local. Jacinto, que deseja ainda mais poder, está também de olho nas terras do Capitão, visando ao aumento de sua produção e de seu poderio. Daí, e das contradições que movem esses dois clãs, nascerá o duelo que atravessará gerações e se encaminhará até os dias de hoje.



No entanto, somos surpreendidos com a morte súbita de Jacinto, o que acaba fazendo com que Afrânio tenha que voltar da Capital para tocar os negócios de seu pai. 

É, meu filho, the farra is over!



E já fiquei bem feliz e com o coração tranquilo ao saber que Afrânio adotará a galinha (ou o galo) dos Sá Ribeiro e que era a grande companhia de seu pai! Sério, gente... Quem assistiu à estreia sabe o tamanho teor cênico que esta ave emprestou às cenas!






O primeiro capítulo inovou em linguagem e em estética! Apresentado cenas poéticas dotadas de um olhar único e precioso acerca da narrativa, "Velho Chico" provou ser um alívio à alma dos telespectadores (acostumados, há mais de uma década, a tramas mais pesadas, calcadas essencialmente na realidade). 







No entanto, só o tempo dirá se o lirismo do folhetim agradará a todos... Sinceramente, espero que o faça! A novela estava linda em seu início - sem tirar, nem pôr. O elenco estava muito afinado e em total sintonia (um fato bastante interessante e animador, aliás, é que 70% do casting é nordestino \o/), as locações estavam deslumbrantes e não tenho nem o que falar da trilha sonora... Maravilhosa, tocante e genuinamente BRASILEIRA (sem nenhum Coldplay ou Maroon 5 pra contar história!).



Grande parte disto se deve ao profissionalismo impressionante de Carvalho que, a cada obra sua, procura se renovar e transmitir ao público uma atmosfera completamente imersiva, lúdica e apaixonante!

E o que dizer da abertura da trama? Embalada pela emblemática "Tropicália", de Caetano Veloso, ela é dotada de um colorido único e muito diferente do que se viu na polaridade preto/branco da abertura de "A Regra do Jogo" ou na palidez das três versões da abertura de "Babilônia", por exemplo. Além disso, e sob um olhar mais atento, é possível perceber que a vinheta, dotada de matrizes indígenas e da arte de entalhar madeiras, conta a lenda da formação do Rio São Francisco (que teria surgido a partir do choro de uma índia que perdeu seu amado na guerra, conforme explicado na primeira cena do folhetim). É de arrepiar!





Com uma estreia instigante e cheia de opulência, prevemos um futuro bem promissor à obra (e esperamos que mantenha seu ritmo e sua inovação narrativa pelos próximos capítulos, sem cair no marasmo!). É aguardar para ver, agora..!



"Velho Chico" vai ao ar de segunda a sábado, a partir das 21:15, na Globo! 

E vocês? Quais foram suas primeiras impressões? Conte pra gente nos comentários!

Um grade abraço e até quinta! ;)

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