A primeira coisa que vocês devem saber sobre mim é que eu AMO reality shows. Desde 2000, com "No Limite" chegando no Brasil, eu me tornei o tipo de pessoa que acompanha, torce, vibra, se emociona, assina 'pay per view', xinga nas redes sociais e defende seus favoritos com unhas e dentes.

Se eu não quiser acompanhar algum reality, com certeza existem motivos para tal decisão. Seja por não gostar do elenco ou por já ter implicância com o formato original, existe. Dito isso, vocês devem estar pensando que eu sou um acéfalo, influenciado e sem cultura. Te respondo que não só AMO reality show como esse amor me fez querer entendê-lo, pesquisá-lo e me encaixar em todos os formatos.

Minha cara quando a pessoa vem com "reality show não é cultura"

Ontem, tivemos a final de "Power Couple Brasil", formato criado em Israel onde a ideia central é um jogo de casais onde (pelo menos) um dos componentes é uma celebridade. Claro, se tratando de Brasil e se tratando de Record, substituamos celebridades por subcelebridades e fica tudo certo.

Com um elenco forte, mas ainda sendo um formato estreante e inusitado, o programa tinha tudo pra dar errado e, surpreendendo inclusive a emissora, termina sua primeira temporada com saldo positivo em audiência, patrocínios e movimentação das redes sociais, garantindo sua segunda temporada e a atenção do público.

"O meu marido atravessou o oceano" e "Vou colocar o fã clube da Sula e da Thammy contra eles" fizeram a gente amar ainda mais Maria Odete, rainha do rebolado e deusa dos gifs.

Vamos destrinchar o programa: a cada começo de rodada, o casal recebia R$40 mil para fazer apostas em seus parceiros, que deveriam cumprir determinadas provas para conquistarem a quantia apostada pelo seu (sua) esposo(a). Os homens apostavam nas mulheres e vice-versa. Ao final da rodada de apostas, os casais participavam da Prova dos Casais, onde juntos (na maioria das vezes) deveriam cumprir uma prova onde o ganhador poderia acumular R$20 mil a mais no valor da rodada (e, consequentemente, no possível prêmio do programa) e o perdedor iria direto para a D.R. (Discussão de Relação), a eliminação. Junto ao perdedor da prova, iria o casal que acumulasse a menor quantia da rodada e o restante dos participantes votariam em qual casal deveria permanecer no jogo.

Tivemos uma final entre um casal que soube jogar de acordo com o jogo, apostou alto e deixou sua marca como uma dupla de exímios jogadores - apesar de ter sido alvo de repulsa do restante dos casais - e um casal que fez o jogo social, de formar alianças para conseguir seu objetivo: tirar a parelha mais forte.

Final do programa teve a gente perguntando como o Patrick aguenta a Simony e teve Laura Keller ganhando mais de R$600 mil pra talvez consertar esse aplique e retocar a raiz.

Com nomes que vão desde Simony, Gretchen e Popó à Mulher Múmia (Laura Keller), Mário Velloso e Túlio Maravilha, o programa emplacou, conseguiu atingir o primeiro lugar de audiência por algum tempo em mais de um episódio (lembrando que o mesmo compete diretamente com "Masterchef", reality da Band que já está na sua 3ª temporada e foi aclamado pelo público, principalmente devido ao Twitter) e reuniu todos os elementos necessários para um bom reality show: intriga, climão durante uma final ao vivo, um elenco forte, estratégias de jogo diversas e funcionais, provas muito bem pensadas e um apresentador que, no final das contas, se mostrou o ideal para o programa (Roberto Justus).

A serenidade no olhar de quem foi atacado por todos os casais durante o programa só porque sabiam jogar e eram bons demais nas provas <3

Depois de 16 anos acompanhando reality show, consigo afirmar que a final mais emocionante e que me deixou mais nervoso com a possibilidade de meus favoritos não ganharem, foi Power Couple. E digo mais, esse talvez seja o melhor reality show produzido atualmente no Brasil (e aqui se encaixam realitys de convivência, de competição e de lifestyle).

Já sinto saudades

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