Hoje é dia de falar sobre sitcom!!!!!!!!! Não sobre o formato em geral (mais pra frente talvez eu faça um post sobre o tema e as minhas favoritas), mas sobre uma específica, totalmente viciante e que eu terminei de assistir no tempo recorde de uma semana – os mais viciados em séries conseguem assisti-la tranquilamente em um ou dois dias, mas eu ainda não consigo essa proeza. Por ter assistido e constatado o quanto a série é amorzinho, resolvi trazer pra vocês um super compilado de Fresh Off The Boat! 



Fresh Off The Boat é uma sitcom transmitida pela ABC [mais uma resenha de séries da ABC, já sei, já sei, mas o que eu posso fazer? rs] desde fevereiro desse ano. Ou seja, ela ainda está na primeira temporada (e já foi renovada para uma segunda). Por enquanto, a galera br só pode assistir via web e ainda não há previsão de chegada ao Brasil, mas a série obteve um ótimo nível de aceitação nos EUA. Até em sites especializados, não encontrei avaliações abaixo de 80%.





Sendo assim, vamos falar um pouco sobre a história: Fresh Off The Boat é baseada nas experiências retratadas no livro de mesmo nome, que fala da adolescência de Eddie Huang (ou Hung-ge Yi Ming, como preferirem), um americano descendente de pais taiwaneses que saiu de Chinatown, em Washington, para viver o sonho americano com sua família em Orlando, Flórida (por pura e espontânea pressão). Em 1995, com apenas 11 anos na época, Eddie se vê obrigado a se adaptar a uma nova realidade, em um nova escola, com novos amigos (por vezes, não tão amigos assim). Além da dificuldade de adaptação normal, Eddie tem o agravante de ser imigrante numa escola onde a única outra minoria que ele encontra é um menino negro – que não se torna exatamente seu amigo à primeira vista. Sempre valendo-se do rap americano como sua bíblia de comportamento – no primeiro episódio, Eddie já aparece com uma camisa do Nas ao som de Big Poppa, do Notorious BIG, música que eu estou escutando enquanto escrevo esse post, a propósito –, Eddie encara a escola como uma selva onde ele quer se auto-afirmar (e se enturmar). Notou alguma semelhança com uma série que fez bastante sucesso por aqui a alguns anos atrás? Você não foi o único (apesar de eu achar que o Eddie ia tirar bastante sarro da cara do Chris rsrs).

"É como o Nas diz, eu não quero jantar com o zelador pelo
resto da minha vista. Tenho grandes planos"

Os resto da família de Eddie é um caso à parte. A mãe, Jessica, é, na minha opinião, a personagem mais engraçada da série. Se lembram da Rochelle, de “Todo Mundo Odeia o Chris”? Ela voltou numa versão taiwanesa de classe média [um adendo: ela é um pouco o Julius da família também, se formos traçar um paralelo com TMOC, porque ôh mulher pra gostar de um desconto]. Ela tem momentos hilários durante toda a temporada (seguem alguns pra vocês).


Lições valiosíssimas sobre como ensinar seu filho a respeitar as garotas!
Não quer dizer NÃO!



Ou sobre como dispensar carinhosamente sua amiga sem noção!

Além de Eddie e Jessica, temos o pai, o fofo e sem noção Louis Huang com seu gaydar quebrado. Ele é dono do restaurante Cattleman’s Ranch, que foi o grande motivo da mudança da família para Orlando. Há também os irmãos mais novos de Eddie, Emery e Evan (fofinhosssssssssssssssssssssssssss) e a vovó Huang (até agora, sem outra identificação) uma velhinha badass que só se comunica em taiwanês.

"Você foi lento demais" HAHAHAHAHAH

Sou suspeita para falar sobre sitcoms porque eu adoro o gênero, especialmente as focadas em relações familiares. Assisto todas as possíveis (e ainda me faltam algumas) e acho muito legal ver como as semelhanças com o modelo de família de várias partes do mundo são retratadas nessas séries – cada uma com suas particularidades, obviamente. Lembram daquele papo de que “todas as famílias felizes são parecidas”, do Tolstói (que, a propósito, preciso ler)? Então, acho que é essa sensação que faz a gente se apegar tanto a esses programas e os transforma no sucesso que são. As percepções da representação de gente meio parecida com a gente – mesmo que de um jeito meio torto – é o que faz a gente cair na gargalhada às vezes. Essa coisa da caricatura de nós, nossas contradições entre quem somos dentro e fora de casa e até no nosso ambiente particular familiar e com nossos parentes.

Ah, o amor entre irmãs...
   
Mas uma coisa que me chamou muito a atenção com relação a essa sitcom específica quando comecei a pesquisar mais para fazer esse post, é um fato de que a maioria de nós ainda não se deu conta/se perguntou: qual foi a última série focada numa família asiática em solo americano que você já assistiu? Não se lembra? Provavelmente porque a última tem vinte anos.

All American Girl. Você se lembrava? Pois é, nem eu.

É claro que, pensando nisso, a questão cultural vira algo importantíssimo, sendo o elemento central da linha narrativa da história, mas não do humor.  O plano de fundo sendo a questão do choque cultural está ali, presente, mas nem sempre é o foco. Em certo ponto, a família Huang emprega um esforço tão grande em/ocupa tantos espaços do estilo de vida tipicamente americano, que a maioria das situações que Eddie vive são puramente questões de um adolescente americano comum. Em outras situações, são retratadas – sempre com humor, obviamente – questões peculiares a todas as culturas, mas com uma “roupagem asiática” – um exemplo é o episódio em que Jessica tem problemas com o número quatro e começa a se sentir perseguida por ele.





No geral, Fresh Off The Boat agrada e muito! Divertida, inteligente, recheada do estilo de vida americano bem caricato, é leve e boa para os dias em que você está de bobeira em casa e quer rir um pouco. Além de tudo, não consigo passar um episódio sem ter um momento em que eu me sinta assim





Enfim, assistam Fresh Off The Boat. Transmitida pela ABC às terças, 20h. Em hiatus desde o dia 22 de abril, ainda não há previsão de retorno. Aguardemos! Mas enquanto não surgem episódios novos, aqui o link da primeira temporada pra vocês! Divirtam-se ;)


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